Muitos se questionam em
quanto tempo se deve aposentar o tênis e comprar um outro? Há um momento certo?
Devo marcar a quilometragem de cada tênis? Um tênis novo irá melhorar meu
desempenho?
Primeiramente, aprendi no
livro “A Mágica da Arrumação” de Marie Kondo que cada objeto nosso deve nos trazer
alegria, e que cada um deles tem o seu tempo para permanecer no armário e
depois ser “descartado” com gratidão por toda a alegria que ele lhe proporcionou.
Antes de falar exatamente
sobre aposentar seu tênis eu te pergunto: esse tênis te trouxe alegria? Quantas
corridas “oficiais” você já participou com ele? Quantas medalhas você já
conquistou utilizando esse tênis? Quantas vezes ele te levou ao pódio?
Viu aí quantos motivos para
ser grato ao seu tênis?
Vou dividir essa postagem em
3 partes, a 1ª apontando a versão das marcas; 2ª versão dos pesquisadores; 3º
que chamei de melhor versão.
Versão
das Marcas:
Geralmente as marcas apontam
que o tênis dura cerca de 400 a 600 km, dependendo da marca pode chegar a 800
km.
“Gavin
Thomas, porta-voz da Nike, afirmou que o tempo de vida de um tênis depende do
tipo de calçado – mais leve ou mais pesado – e do peso e da passada de cada
corredor. Pessoas de passo leve podem usar os calçados por mais tempo do que
quem pisa no chão com força. Quem corre em superfícies mais macias também pode
usar os tênis por mais tempo.
Depois
de 500 ou 600 quilômetros, afirmou Thomas, o tênis típico utilizado pelo
corredor típico não dará a mesma sensação de antes e isso é um sinal de que
está gasto”.
Versão
dos Pesquisadores:
Como não sou cientista, nem
formado em Educação Física, vou fazer uma colagem de outro artigo que vi na
internet, cujo link está no final da postagem.
“Segundo
Rodger Kram, pesquisador de biomecânica na Universidade do Colorado, a teoria é
a de que é preciso trocar de tênis antes que a palmilha de EVA, ou
etileno-acetato de vinila, que cobre a maior parte dos tênis de corrida comece
a rachar.
“Pense
numa fatia de pão de forma, macia e fora do saco. Aperte-a com a palma da mão
até que fique reta e dura.”
O
pesquisador descobriu que o amortecimento da palmilha ajuda a melhorar a
eficiência durante a corrida. Mas é difícil saber se ajuda a prevenir lesões,
afirmou, “pois não há dados suficientes sobre o assunto”.
Jacob
Schelde, do Hospital da Universidade de Odense, na Dinamarca, analisou ensaios
clínicos que abordam a relação entre o amortecimento e possíveis lesões, mas
não encontrou nenhum. Atualmente, o médico espera angariar fundos para realizar
um estudo de 15 meses com 600 corredores.
Schelde
descobriu um estudo publicado em 2003 que apresentava dados relevantes sobre o
volume de lesões entre corredores, embora não fosse randomizado e a idade dos
tênis não fosse o foco principal da pesquisa. O estudo foi grande e testou os
corredores regularmente durante um programa de treinamento de 13 semanas. Os
pesquisadores não foram capazes de encontrar uma relação clara entre o tempo de
uso dos tênis de corrida e o risco de lesões entre os corredores.
Também
é difícil encontrar dados concretos sobre a durabilidade das palmilhas de EVA.
Mas um estudo exaustivo liderado por Ewald Max Hennig, do laboratório de
biomecânica da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, envolveu 18 anos de
testes com tênis entre 1991 e 2009. Os pesquisadores avaliaram o desempenho de
156 modelos de tênis utilizados por corredores. Hennig e seus colegas
escreveram que o tipo de teste mecânico feito por fabricantes de calçados para
testar a capacidade de amortecimento dos materiais não reflete o que ocorre
quando as pessoas realmente correm.”
Melhor
Versão
Essa é a versão que eu
concordo!
“Golden
Harper, desenvolvedor da marca de tênis de corrida Altra e fundador da empresa,
afirmou que qualquer conselho sobre a quilometragem é “pura bobagem”. Harper afirmou que a maioria dos corredores
sabe dizer quando os tênis precisam ser trocados.
“Dá
para sentir no pé. Ainda não dói, mas dá para saber que logo vai doer.”
Mesmo apontando essas três
versões a verdade é que ninguém
realmente sabe.
Muitas são as questões a
serem respondidas (peso, tipo de solo, tipo de pisada, etc) o que nos impede de
darmos uma resposta exata sobre a pergunta: “Quando aposentar o tênis?”
Concordei com a última
versão, pois foi assim que aposentei meu primeiro tênis de corrida, eu já o
tinha guardado há muitos anos, mas decidi retirá-lo do armário para começar a
correr.
No começo você não vai
sentindo a diferença, mas após umas semanas você de fato vai percebendo que
está na hora de trocá-los para o seu próprio bem.
Não deixe que o apego ao
material e uma falsa sensação de economia te deixem preso ao seu par de antigos e te impeçam de se tornar um corredor
melhor.
“Quando você se deparar com
algo de que não consegue se desapegar, pense bem no real propósito desse objeto
em sua vida. Você vai se surpreender ao constatar quantos de seus pertences já
cumpriram sua função. Ao reconhecer sua contribuição e ao abrir mão deles com um
sentimento de gratidão, você conseguirá colocar sua casa – e sua vida – em
ordem.” (Marie Kondo – A Mágica da Arrumação).
Entre em contato conosco pelo e-mail: corretododia@gmail.com
Link do artigo que utilizei
as citações nessa postagem: http://www.assessocor.com.br/noticias.aspx?__idNot=1211
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