27 abril 2016

Aposentando um tênis: Qual o momento certo?

Muitos se questionam em quanto tempo se deve aposentar o tênis e comprar um outro? Há um momento certo? Devo marcar a quilometragem de cada tênis? Um tênis novo irá melhorar meu desempenho?

Primeiramente, aprendi no livro “A Mágica da Arrumação” de Marie Kondo que cada objeto nosso deve nos trazer alegria, e que cada um deles tem o seu tempo para permanecer no armário e depois ser “descartado” com gratidão por toda a alegria que ele lhe proporcionou.

Antes de falar exatamente sobre aposentar seu tênis eu te pergunto: esse tênis te trouxe alegria? Quantas corridas “oficiais” você já participou com ele? Quantas medalhas você já conquistou utilizando esse tênis? Quantas vezes ele te levou ao pódio?

Viu aí quantos motivos para ser grato ao seu tênis?

Vou dividir essa postagem em 3 partes, a 1ª apontando a versão das marcas; 2ª versão dos pesquisadores; 3º que chamei de melhor versão.

Versão das Marcas:

Geralmente as marcas apontam que o tênis dura cerca de 400 a 600 km, dependendo da  marca pode chegar a 800 km.

“Gavin Thomas, porta-voz da Nike, afirmou que o tempo de vida de um tênis depende do tipo de calçado – mais leve ou mais pesado – e do peso e da passada de cada corredor. Pessoas de passo leve podem usar os calçados por mais tempo do que quem pisa no chão com força. Quem corre em superfícies mais macias também pode usar os tênis por mais tempo.

Depois de 500 ou 600 quilômetros, afirmou Thomas, o tênis típico utilizado pelo corredor típico não dará a mesma sensação de antes e isso é um sinal de que está gasto”.

Versão dos Pesquisadores:

Como não sou cientista, nem formado em Educação Física, vou fazer uma colagem de outro artigo que vi na internet, cujo link está no final da postagem.

“Segundo Rodger Kram, pesquisador de biomecânica na Universidade do Colorado, a teoria é a de que é preciso trocar de tênis antes que a palmilha de EVA, ou etileno-acetato de vinila, que cobre a maior parte dos tênis de corrida comece a rachar.

“Pense numa fatia de pão de forma, macia e fora do saco. Aperte-a com a palma da mão até que fique reta e dura.”

O pesquisador descobriu que o amortecimento da palmilha ajuda a melhorar a eficiência durante a corrida. Mas é difícil saber se ajuda a prevenir lesões, afirmou, “pois não há dados suficientes sobre o assunto”.

Jacob Schelde, do Hospital da Universidade de Odense, na Dinamarca, analisou ensaios clínicos que abordam a relação entre o amortecimento e possíveis lesões, mas não encontrou nenhum. Atualmente, o médico espera angariar fundos para realizar um estudo de 15 meses com 600 corredores.

Schelde descobriu um estudo publicado em 2003 que apresentava dados relevantes sobre o volume de lesões entre corredores, embora não fosse randomizado e a idade dos tênis não fosse o foco principal da pesquisa. O estudo foi grande e testou os corredores regularmente durante um programa de treinamento de 13 semanas. Os pesquisadores não foram capazes de encontrar uma relação clara entre o tempo de uso dos tênis de corrida e o risco de lesões entre os corredores.

Também é difícil encontrar dados concretos sobre a durabilidade das palmilhas de EVA. Mas um estudo exaustivo liderado por Ewald Max Hennig, do laboratório de biomecânica da Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha, envolveu 18 anos de testes com tênis entre 1991 e 2009. Os pesquisadores avaliaram o desempenho de 156 modelos de tênis utilizados por corredores. Hennig e seus colegas escreveram que o tipo de teste mecânico feito por fabricantes de calçados para testar a capacidade de amortecimento dos materiais não reflete o que ocorre quando as pessoas realmente correm.”

Melhor Versão

Essa é a versão que eu concordo!

“Golden Harper, desenvolvedor da marca de tênis de corrida Altra e fundador da empresa, afirmou que qualquer conselho sobre a quilometragem é “pura bobagem”. Harper afirmou que a maioria dos corredores sabe dizer quando os tênis precisam ser trocados.

“Dá para sentir no pé. Ainda não dói, mas dá para saber que logo vai doer.”

Mesmo apontando essas três versões a verdade é que ninguém realmente sabe. 

Muitas são as questões a serem respondidas (peso, tipo de solo, tipo de pisada, etc) o que nos impede de darmos uma resposta exata sobre a pergunta: “Quando aposentar o tênis?”

Concordei com a última versão, pois foi assim que aposentei meu primeiro tênis de corrida, eu já o tinha guardado há muitos anos, mas decidi retirá-lo do armário para começar a correr.

No começo você não vai sentindo a diferença, mas após umas semanas você de fato vai percebendo que está na hora de trocá-los para o seu próprio bem.

Não deixe que o apego ao material e uma falsa sensação de economia te deixem preso ao seu par de  antigos e te impeçam de se tornar um corredor melhor.

“Quando você se deparar com algo de que não consegue se desapegar, pense bem no real propósito desse objeto em sua vida. Você vai se surpreender ao constatar quantos de seus pertences já cumpriram sua função. Ao reconhecer sua contribuição e ao abrir mão deles com um sentimento de gratidão, você conseguirá colocar sua casa – e sua vida – em ordem.” (Marie Kondo – A Mágica da Arrumação).

Entre em contato conosco pelo e-mail: corretododia@gmail.com

Link do artigo que utilizei as citações nessa postagem: http://www.assessocor.com.br/noticias.aspx?__idNot=1211

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